Dr. Mario Celso Schmitt - Pediatra Blumenau - Pediatria

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REFLUXO NO BEBÊ: UM PROBLEMA COMUM, MAS QUE INCOMODA!

23/02/2017
É preciso saber identificar e tratar.Entenda por que acontece e como o problema pode ser minimizado: 
 
Como acontece o refluxo?
 
É quando o alimento volta do estômago para o esôfago. É comum acontecer, mas nem sempre é percebido. “É considerado normal quando não é frequente e não causa complicações”, afirma o médico pediatra Mário Celso Schmitt, Diretor-Médico do Hospital Santa Catarina, de Blumenau. Nos adultos, o refluxo é mais controlado porque o organismo possui um mecanismo de defesa que devolve o alimento novamente para o estômago antes de provocar irritações, náusea e vômito.
 
Quando ele surge na vida do bebê?
 
Cerca de 50% dos bebês de 3 meses costumam ter pelo menos um episódio de regurgitação por dia. Com o passar do tempo essa médica aumenta um pouco: “Entre 4 e 6 meses o refluxo é mais comum, porque o bebê começa a se movimentar mais. Isso diminui naturalmente e só 5% das crianças de um ano sofrem com o problema”, diz Dr. Mário Celso. 
 
Porque ele é comum?
 
O mecanismo que devolve o alimento do esôfago para o estômago está em desenvolvimento no primeiro ano de vida. A válvula, que faz a passagem da comida de um órgão para o outro (o esfíncter do esôfago), fica mais tempo relaxada e facilita o retorno do que foi ingerido. A alimentação e a posição também influenciam. O bebê toma muito líquido e fica a maior parte do tempo deitado. Conforme a criança se desenvolve e ingere alimentos mais sólidos, o refluxo tende a diminuir.
 
Como identificar? Sinais claros de refluxo em recém nascidos podem ser:
• Inquietação depois das mamadas
• Regurgitação frequentes
• Tosse depois e durante as regurgitações
• Irritabilidade durante a mamada
• Menos ganho de peso, ou nenhum ganho de peso
• Sinais de problemas respiratórios em bebês maiores
• Inquietação no sono
 
 
Há algum horário do dia que acontece com frequência?
 
Normalmente logo depois das refeições, quando o alimento ainda não foi digerido, e durante o sono. Costuma ser mais frequente à noite, porque a criança está na posição horizontal e saliva menos. Também pode acontecer quando a criança se movimenta muito.
 
Pode ser uma doença?
 
O mais comum em bebês e crianças é o refluxo gastroesofágico fisiológico, que é natural, passageiro e não afeta o bem-estar. “Se a criança ganha peso, não chora nem fica irritada, é porque não compromete o estado geral e emocional”, reforça Dr. Mário Celso. Mas existe a doença do refluxo gastroesofágico, que pode ser causada por uma má-formação no aparelho digestivo ou por maus hábitos alimentares. Os sinais de alerta são dor, irritabilidade, recusa de alimentos, regurgitação frequente, vômitos e um ganho de peso baixo. A falta de tratamento pode causar irritação no esôfago, anemia e complicações respiratórias. Outra causa está ligada à obesidade. 
 
Como cuidar ou controlar?
 
No caso do refluxo comum, para diminuir o desconforto do seu filho você pode deixar seu bebê em posição vertical ao amamentar e fracionar as mamadas para não exagerar na quantidade de leite. Quando terminar de amamentar e de fazê-lo arrotar, mantenha-o de 20 a 30 minutos em pé, para que o leite desça se acomode no estômago e facilite a digestão. Para crianças maiores, a recomendação é evitar alimentos gordurosos, ácidos, condimentados e apimentados, não comer em exagero e não ingerir líquidos junto com a comida, de 20 minutos antes ou entre uma e duas horas depois das refeições. Todos esses hábitos relaxam a válvula do estômago e facilitam a volta do alimento. Na hora de dormir, coloque seu filho mais na vertical e de barriga para cima. A elevação da cabeça com um travesseiro é recomendada. Já se o seu filho apresenta os sintomas da doença do refluxo gastroesofágico, procure o pediatra. Ele pode indicar desde o uso de medicamentos e acessórios, como cintos ou paraquedas, para sustentar a criança, até a necessidade de cirurgia.

 

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