Dr. Mario Celso Schmitt - Pediatra Blumenau - Pediatria

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DIABETES NA INFÂNCIA

12/11/2015

 

 

 

 

 

Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. E esse número está crescendo. Em alguns casos, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento de complicações.
 

O QUE É DIABETES
Os alimentos sofrem digestão no intestino e se transformam em açúcar. Esse açúcar é chamado de glicose e é absorvido para o sangue. Os tecidos do corpo humano utilizam a glicose que está presente no sangue como energia. A utilização da glicose depende da presença de insulina, uma substancia produzida nas células do pâncreas. Quando a glicose não é bem utilizada pelo organismo ela se eleva, é o que chamamos de Hiperglicemia. Assim, Diabetes é a elevação da glicose no sangue.

 

SINTOMAS
O diagnóstico precoce do diabetes é importante, pois o tratamento evita complicações mais graves.

No caso do Diabetes tipo 2, aproximadamente metade dos portadores desconhecem sua condição, uma vez que a doença é pouco sintomática.

Os pincipais sintomas são:

Urinar excessivamente, inclusive acordar varias vezes a noite para urinar.

Sede excessiva.

Aumento do apetite.

Perda de peso – Em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva.

Cansaço.

Vista embaçada ou turvação visual

Infecções frequentes, sendo as mais comuns, as infecções de pele.

No caso do Diabetes tipo 2, aproximadamente metade dos portadores desconhecem sua condição, uma vez que a doença é pouco sintomática. Neste tipo, os sintomas, quando presentes, se instalam de maneira gradativa e muitas vezes podem não ser percebidos pelas pessoas. No diabetes tipo 1 os sintomas se instalam rapidamente, especialmente, urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento. Quando o diagnostico não é feito já nos primeiros sintomas os portadores de diabetes tipo 1 podem até entrar em coma. Ao sinal de um ou mais sintomas deve-se procurar um médico imediatamente para realização de exames que esclarecerão o diagnóstico.

 


DIABETES TIPO 1
O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.
É conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. 


DIABETES TIPO 2
O diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, mas a crescente epidemia de obesidade colocou a doença em ascenção entre as crianças.
É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequencia em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.
 

DIABETES NA INFÂNCIA 
É importante que os pais saibam como identificar os sintomas. Perda de peso, excesso de sede e urina são alguns deles. Algumas crianças acordam com frequência para urinar, beber água ou voltam a urinar na cama. Ao perceber tais ocorrências deve-se procurar um endocrinologista pediátrico imediatamente.

O tratamento pode ou não ser realizado através da aplicação de insulinas. É primordial que a avaliação e o tratamento sejam conduzidos por um endocrinologista pediátrico.

As crianças portadoras da doença necessitam receber carinho por parte de toda a família e muita dedicação dos pais que devem ser os responsáveis pela frequência das consultas de acompanhamento do crescimento.

A automonitorização da glicemia, a educação em diabetes, a prática de atividade física e o controle nutricional fazem parte da rotina de tratamento de qualquer faixa etária de pacientes.

É importante a ajuda dos pais na inclusão da automonitorização no dia a dia do paciente, realizada de forma natural e sempre envolvendo seu filho nas decisões tomadas. Aos poucos, a criança a importância desse controle para sua própria saúde.

Nem sempre a criança entende ou aceita bem a doença. Por conta disso, o acompanhamento de um psicólogo pode ser necessário. Durante o processo de aceitação a superproteção e a discriminação devem ser evitadas.

A integração dos pacientes com outras crianças que também possuem diabetes, através de encontros, associações e acampamentos é um ótimo meio de, além de ajudar seu filho a lidar com a questão, ensiná-lo e educá-lo mais sobre o assunto.
 

Fontes:
Sociedade Brasileira de Diabetes. 
Sociedade Brasileira de Endocrinopediatria.
 

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